Fala, BiUPPER.
Essa é uma edição diferente… e talvez uma das mais provocativas que já escrevemos.
Porque, se o Walmart — o maior varejista do planeta — está vendendo diretamente dentro do ChatGPT, o que isso diz sobre o futuro das vendas e da experiência do cliente?
Sim, é isso mesmo que você leu: o cliente conversa com o ChatGPT, escolhe o produto e compra sem sair da conversa.
A pergunta é: o que a gente, dentro do mundo comercial, tem a aprender com isso?
Enquanto muita gente ainda está discutindo se a IA “vai roubar empregos”, o Walmart está redefinindo a jornada de compra.
Eles entenderam algo que muitos times de vendas ainda resistem em aceitar: as pessoas não querem mais ser vendidas — elas querem resolver.
A experiência de compra dentro do ChatGPT não é sobre tecnologia.
É sobre fluidez, conveniência e contexto.
O cliente não precisa abrir site, lembrar senha, ou digitar CPF três vezes.
Ele simplesmente conversa — e compra.
Parece futurista, mas é só o mundo finalmente se adaptando à forma como as pessoas já se comportam: de forma conversacional.
E é aqui que mora o ponto cego de 90% das empresas e vendedores:
ainda tentamos vender como se o cliente quisesse ouvir discurso.
A maioria das abordagens ainda é centrada no produto, enquanto o cliente vive num mundo centrado em propósito e experiência.
Ou seja, enquanto o mercado caminha para vendas integradas ao diálogo, muitos vendedores continuam repetindo frases de catálogo.
O Walmart não está competindo com o pequeno varejo —
ele está competindo com a atenção do cliente.
E atenção hoje é o ativo mais escasso que existe.
Vamos fazer um paralelo com o nosso universo, BiUPPER:
Pense no atendimento via WhatsApp.
Quantas vezes o cliente te manda uma dúvida simples e recebe uma resposta que parece um script robótico, impessoal, pasteurizado?
Agora imagina se, em vez disso, ele sentisse que está conversando com alguém que entende o contexto dele, que responde rápido, orienta, sugere, resolve.
Isso é experiência conversacional — o mesmo princípio por trás da estratégia do Walmart.
Eles não estão apenas vendendo produtos.
Estão removendo atritos.
Estão transformando o ato de comprar em uma extensão natural de uma conversa.
E sabe o mais curioso?
O diferencial deles não é a IA.
É o olhar humano por trás da IA — alguém que desenhou a jornada com empatia, com foco real no comportamento do consumidor.
O futuro das vendas não é sobre tecnologia. É sobre contexto.
A IA só amplifica aquilo que já existe:
Se o seu processo é burocrático, ela automatiza a burocracia.
Se o seu processo é humano e fluido, ela escala a experiência.
A diferença está em quem desenha a jornada — não em quem tem a ferramenta.
Então, BiUPPER, pensa com honestidade intelectual agora:
O seu cliente sente que está conversando com alguém ou sendo atendido por alguém?
Três perguntas pra você refletir e discutir com o time:
1️⃣ Seu processo comercial hoje é centrado no cliente ou no controle interno?
2️⃣ Quantos passos um cliente precisa dar pra resolver algo simples com você?
3️⃣ Se o seu cliente pudesse te “comprar” via conversa, ele teria vontade de continuar o diálogo?
Talvez o aprendizado mais poderoso do Walmart não seja “usar IA para vender”,
mas usar o comportamento humano como base pra inovar.